Obra iniciada em 2012 foi paralisada pela última vez em fevereiro de 2020. Apresentação ocorreu nesta terça-feira (1º); consórcio formado pelas empresas Engeform e Normatel pretende retomar as obras em janeiro de 2021.
Fonte: G1
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) apresentou nesta terça-feira (1º) o consórcio responsável pela retomada da ampliação do Hospital de Clínicas. As obras serão executadas pelas empresas Engeform Engenharia e Normatel. O contrato prevê investimento de R$ 111,7 milhões. O projeto será executado em etapas, que serão inauguradas à medida que ficarem prontas.
O prazo para finalização total da obra é de três anos, mas pode ser alterado caso todas as verbas não sejam obtidas ao longo da execução. “Enalteço o brilhante trabalho da equipe da Comissão de Fiscalização, que refez todas as planilhas e montou um novo cronograma para que os serviços sejam executados por etapas, com inaugurações parciais. A expectativa é de que finalmente consigamos avançar neste projeto e entregá-lo à sociedade”, afirmou o reitor da UFU, Valder Steffen Júnior.
A ampliação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) foi iniciada em maio de 2012, mas foi paralisada em junho de 2014. Foi retomada em agosto de 2019, e novamente paralisada em fevereiro de 2020. A empresa vencedora da primeira licitação executou 40% do projeto, mas um novo processo licitatório foi aberto após rescisão do contrato na justiça (veja abaixo).
De acordo com o diretor da Engeform, Eduardo Rossetti, a construção de hospitais são complexas e exigem aperfeiçoamento constante para garantir a funcionalidade e segurança do local. A ampliação deve ser retomada em janeiro de 2021, mas a avaliação do canteiro de obras e o planejamento técnico começará imediatamente. “Para nós, é um privilégio poder participar deste projeto tão esperado pela população de Uberlândia e região. Sabemos bem de todas as dificuldades e minúcias envolvidas neste tipo de construção, mas vamos trabalhar muito para poder atender todas as expectativas ou até mesmo superá-las”, afirmou o diretor. Segundo o consórcio, a maior parte da mão de obra envolvida na construção será contratada em Uberlândia. A expectativa é que atuem no canteiro de obras até 400 operários.
A ampliação do Hospital de Clínicas da UFU vai ocupar uma área construída de 32,9 mil m². Ao todo, o projeto abrigará 22 salas de cirurgia e 249 leitos divididos em 65 para pronto-socorro, 146 para internação e 38 Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
O complexo também contará com toda a estrutura de apoio ao tratamento de trauma, como equipamentos de imagem e diagnóstico, central de material esterilizado e heliponto.
Veja como será a divisão da ampliação do HC-UFU:
Em 2010, o projeto de ampliação do pronto-socorro foi incluído no Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), lançado pelo Governo Federal, que destinou o valor de R$ 94,7 milhões para ampliação da atual área do complexo hospitalar em mais de 26 mil metros quadrados.
A construção do prédio começou em 2012 e a previsão era de que fosse concluída no prazo de três anos.
Mas a obra já foi paralisada em diversas ocasiões por problemas no projeto, atrasos no pagamento e embates na justiça. A última paralisação ocorreu em 2017, quando o contrato foi rescindido.
Em junho de 2018, a Justiça Federal determinou a reintegração de posse da área. No entanto, após a construtora responsável recorrer, a decisão foi anulada.
Em março de 2019, o reitor da UFU, Valder Steffen Júnior, demonstrou otimismo e acreditava que as obras deveriam ser retomadas em breve.
No entanto, conforme divulgado pelo G1 no mês seguinte, as obras seguiam sem previsão de serem retomadas, já que a universidade aguardava a decisão da justiça, situação que foi resolvida posteriormente.
Em setembro, o MPF realizou uma vistoria para acompanhar as obras no local. Na ocasião, ficou constatado que o cronograma está sendo cumprido, mas o reitor da UFU, Valder Steffen Júnior, alertou para a necessidade de mais recursos para que o projeto seja concluído.
Em novembro, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou com Ação Civil Pública (ACP) a fim de garantir que um repasse programado de R$ 20 milhões não fosse cancelado pelo governo federal. Em janeiro deste 2020, recursos de R$ 110 milhões foram destinado às obras do pronto-socorro, conforme publicado no Diário Oficial da União. O montante estava previsto no Plano Plurianual da União para o período de 2020 a 2023.