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Contra crise hídrica, Governo de São Paulo entrega a interligação entre as bacias hidrográficas Jaguari-Atibainha

Fonte: Infraestrutura Urbana 

 

Foi entregue no início de março a interligação entre as bacias hidrográficas Jaguari-Atibainha, na região Metropolitana de São Paulo, obra considerada essencial pelo Governo de São Paulo para combater a crise hídrica. O objetivo é aumentar a disponibilidade de água para cerca de 39 milhões de pessoas de São Paulo, Campinas, cidades da região do Vale do Paraíba e Rio de Janeiro.

A interligação, de 20 km de adutoras e túnel, terá uma vazão máxima de 8,5 m³/s da represa Jaguari, no Vale do Paraíba, para a Atibainha, em Nazaré Paulista, e de 12,2 m³/s no sentido contrário. Para isso, são utilizadas seis bombas de 5.000 CV para empurrar a água morro acima, fazendo com que ela possa superar a montanha que separa as duas represas, em um desnível de 200 M.C.A.

Para o governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin isso vai dobrar a capacidade de reservação de água, de um bilhão de m³ para dois bilhões. “É a terceira maior estação elevatória da Sabesp no Estado de São Paulo”, afirma.

 

Os Desafios numa obra com essas dimensões

 

De acordo com a Engeform, uma das construtoras que compõem o consórcio BPC, constituído também pela Serveng/Civilsan e pela PB Construções Ltda, um dos maiores desafios da obra foi a escavação, principalmente por conta das dimensões do túnel: são 6,4 quilômetros de extensão, cinco metros de altura e quatro metros de largura, totalizando uma seção de 20 metros quadrados. Esse tamanho permite transportar o equivalente ao volume de água de uma piscina olímpica em apenas cinco minutos.

Diferente das obras do metrô, por exemplo, onde é usado o shield, conhecido como “tatuzão”, as escavações usaram o novo método austríaco de tunelamento (NATM, na sigla em inglês), que emprega sistemas de suporte com concreto projetado associado a outros tipos de apoio, como cambotas metálicas e fibras de polipropileno no concreto, entre outras, realizando uma escavação sequencial, de acordo com a capacidade de cada tipo de maciço, e quatro equipamentos de perfuração de rocha sã, denominados “jumbos”, foram mobilizados.

O processo de escavação do túnel contou com mais de 160 profissionais, entre engenheiros, geólogos, marteleteiros, encarregados de frente, motoristas, eletricistas, técnicos de meio ambiente, de qualidade e de segurança. São três turnos de trabalho de oito horas cada, abrangendo 24 horas de serviço. Ao todo, a interligação Jaguari-Atibainha empregou 5,3 mil profissionais diretos e indiretos.

Além do túnel, houve o assentamento de 13,2 quilômetros de adutoras, a construção de uma estação elevatória de água bruta e uma subestação de energia elétrica. O investimento foi de R$ 555 milhões, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

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